The Pragmatic Programmer - 20nd anniversary edition Este livro é considerado por muitos – eu inclusive – um dos clássicos da computação. Dave Thomas e Andy Hunt escreveram a primeira edição deste livro em 1999 para ajudar seus clientes a escrever software de melhor qualidade e redescobrir o prazer pela programação. As lições contidas no livro tem ajudado gerações de desenvolvedores a melhorar seus skills, independente de linguagem e plataforma.
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Compartilhar impressões sobre qualquer livro é sempre um desafio. Falar sobre um clássico, como The Pragmatic Programmer, sob minha perspectiva, é ainda mais difícil. Os autores, desde o começo, assumem posições fortes sobre uma série de aspectos polêmicos e sensíveis da prática e conduta de desenvolvedores de software. Por isso mesmo, a obra é um tremendo convite a reflexão e possui potencial de impacto gigantesco.
O que segue são as minhas impressões sobre a leitura do primeiro capítulo de The Pragmatic Programmer. Ou seja, é um compilado do que eu entendi durante a leitura e não reflete, necessariamente, as reais intenções dos autores.
The Pragmatic Programmer 20 Years Later Nesse vídeo, Dave Thomas indica o que mudou desde a publicação da primeira versão desse livro e as motivações para escrever uma edição revisada. |
Minha sensação ao ler o primeiro capítulo de The Pragmatic Programmer, que discute a “filosofia pragmática”, é que se há uma palavra que o define, esta palavra é autorresponsabilidade.
You can change your organization or change your organization.
Martin Fowler |
Segundo Thomas e Hunt, programadores pragmáticos investem na aquisição de conhecimentos habitualmente, buscando diversificação tanto em “apostas certas e incertas”, tentando sempre obter compensação satisfatória, como se estivessem gerenciando um portfólio.
If technology seems to be passing you by, make time (in your own time) to study new stuff that looks interesting. You’re investing in yourself, so doing it while you’re off-the-clock is only reasonable.
Dave Thomas e Andy Hunt |
Instead of excuses, provide options. Don’t say it can’t be done; explain what can be done to salvage the situation.
Dave Thomas e Andy Hunt |
One broken window – a badly designed piece of code, a poor management decision that the team must live with for the duration of the project – is all it takes to start the decline.
Dave Thomas e Andy Hunt |
People find it easier to join an ongoing success. Show them a glimpse of the future and you’ll get them to rally around.
Dave Thomas e Andy Hunt |
Se a qualidade imposta a um projeto não está de acordo com a “barra mínima” de um programador pragmático, cabe a ele tentar “sensibilizar” as partes ou deixar de participar do projeto. O silêncio também é uma decisão.
We are simply advocating that users be given an opportunity to participate in the process of deciding when what you’ve produced is good enough for their needs.
Dave Thomas e Andy Hunt |
A good idea is an orphan without effective communication.
Dave Thomas e Andy Hunt |
Em muitos aspectos, a filosofia pragmática exposta no primeiro capítulo de The Pragmatic Programmer aparenta um compilado de obviedades. Entretanto, há tempos entendo que o óbvio precisa ser dito e que o bom senso nem sempre é senso comum. De qualquer forma, é inegável que a (re)leitura, em muitos momentos, me gerou algum desconforto. Como disse no início desse texto, a tônica do primeiro capítulo parece ser autorresponsabilidade – algo duro de assimilar nesses tempos em que parece haver uma certa tendência de apontar que o inferno são os outros.
E você? Leu The Pragmatic Programmer? Tem ponderações sobre o que entendi? Algo importante que ignorei? Te convido a compartilhar suas visões nos comentários. Vamos aprender juntos!
Já compartilhei minhas percepções sobre o Capítulo 2!
Eu concordo muito com esse ponto específico, e também acredito que o óbvio precisa ser dito e as vezes repetido, quantas vezes forem necessárias. Temos um ponto muito importante que os líderes tem um papel de sinalizar coisas que muitas vezes nós não percebemos, isso acontece, mais é um papel secundário. A gestão da nossa carreira é nossa, trabalhar nossas dificuldades é nossa responsabilidade, e quando entendemos isso conseguimos avançar muito na carreira.
Oi, Elemar. Adorei o post, me despertou vontade pra ler. Obrigado pela indicação.
[…] o que aprendemos no primeiro capítulo, entendemos que programadores pragmáticos são aqueles que assumem a responsabilidade por fazer […]
Concordo em gênero, número e grau, pois é muito comum, as pessoas, terem a tendência natural de terceirizar suas decisões e isso refletir em uma série de aspectos, principalmente, seus resultados.
“programadores pragmáticos”, devemos entender que é nosso trabalho desenvolver soluções e não desculpas.
PERFEITO!! Somos contratados para resolver problemas, não importa a tecnologia que usemos. Infelizmente muitos se importam apenas com bit and byte ao invés de resolverem problemas reais de negócio, ao quais foram contratados para fazê-lo.
É terrivel realmente quando você percebe alguém que só cria desculpa ou culpa os outros. A credibilidade vai pro espaço.